O Trabalho Infantil constitui-se como um problema social de grande relevância em Portugal na década de 80, com a entrada do país na Comissão Económica Europeia. Não que antes as situações classificáveis de Trabalho Infantil não fizessem já parte das práticas quotidianas de vários actores sociais, nomeadamente nas zonas fabris do Vale do Ave. Todavia, a sua classificação como tal e a assunção de que se tratava de um problema social que deveria ser objecto das políticas públicas só são equacionadas mais tarde pelo poder político. Hoje, o trabalho infantil continua a ser uma preocupação das sociedades modernas. É normalmente percepcionado como um fenómeno que pode estar relacionado com a menor eficiência do sistema de ensino e também da relação que este estabelece com as estruturas económicas e sociais envolventes. Em geral, pensa-se que a existência de trabalho infantil compromete o futuro das sociedades por, de alguma forma, se estar a desperdiçar o talento dos jovens que trabalham em detrimento de maior formação intelectual e profissional.
